Protesto
contra decisão
Acusado de tentar matar juíza
em São Paulo é condenado
a 20 anos de prisão
4
de julho de 2017, 23h36
Um
homem acusado de ingressar no
fórum do Butantã,
na capital paulista, e fazer uma
juíza refém foi
condenado a 20 anos de prisão
na noite desta terça-feira
(4/7). Para o 5º Tribunal
do Júri, ficou comprovada
a tentativa de homicídio
e o cárcere privado contra
a juíza, em março
do ano passado. Os jurados absolveram
o réu da acusação
de tentar matar um vigilante.
Segundo
a denúncia, Alfredo José
dos Santos queria se vingar de
uma decisão contrária
a seus interesses. O Ministério
Público afirma que o réu
conseguiu fugir de um segurança
do prédio, lançando
uma bomba, e invadiu a sala de
audiências onde estava Tatiane
Moreira Lima, da Vara da Violência
Doméstica e Familiar contra
a Mulher.
O
processo relata que ela foi derrubada,
enquanto o acusado arremessou
ao chão uma garrafa com
material inflamável. Ainda
segundo os autos, ele conteve
a juíza de forma violenta
e anunciou que acenderia um isqueiro.
Em um momento de descuido, acabou
sendo dominado por policiais militares.
De
acordo com o jornal O Estado de
S. Paulo, a defesa alegou que
o cliente não queria matar
a juíza, mas apenas chamar
atenção da imprensa
para um processo em que se dizia
inocente, sobre agressão
contra a ex-mulher e perda da
guarda do filho.
Os
jurados reconheceram na tentativa
de homicídio três
qualificadoras: motivo torpe,
meio cruel e recurso que dificultou
a defesa da vítima. Santos
deverá iniciar o cumprimento
em regime fechado, sem direito
de recorrer em liberdade.
Na
sentença, o juiz Adilson
Paukoski Simoni concluiu que o
acusado demonstra personalidade
extremamente perigosa ao atentar
contra a vida de uma pessoa que
estava trabalhando e usar material
altamente incendiário em
prédio público.
Com informações
da Assessoria de Imprensa do TJ-SP.
Processo 0001260-97.2016.8.26.0052
*
Texto atualizado às 23h48
do dia 4/7/2017 para acréscimo
de informações e
às 22h do dia 6/7/2017
para inclusão da sentença.
Revista Consultor Jurídico,
4 de julho de 2017, 23h36
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