Fraudes
em Angra 3
Ex-presidente da Eletronuclear é
condenado a 43 anos de prisão
4 de agosto de 2016,
19h01
O
ex-presidente da Eletronuclear Othon
Luiz da Silva foi condenado a 43 anos
de prisão, pelos crimes de
corrupção passiva, lavagem
de dinheiro, embaraço às
investigações, evasão
de divisas e participação
em organização criminosa.
A sentença, do juiz Marcelo
da Costa Bretas, da 7ª Vara Federal
Criminal do Rio de Janeiro, é
a primeira da operação
“lava jato” no Rio.
Ex-presidente da Eletronuclear, Othon
Luiz da Silva foi condenado a 43 anos
de prisão por fraudes na Usina
de Angra 3.
Ex-presidente da Eletronuclear,
Othon Luiz da Silva foi condenado
a 43 anos de prisão por fraudes
na Usina de Angra 3.
Segundo o Ministério
Público Federal, que pediu
a condenação, Othon
recebia 1% de propina nos contratos
firmados entre a estatal e as empreiteiras
Andrade Gutierrez e Engevix, para
a construção da Usina
Nuclear Angra 3, no complexo nuclear
de Angra dos Reis.
Também foram
condenadas mais 12 pessoas por envolvimento
com o desvio de recursos públicos
da construção de Angra
3. Entre elas está a filha
de Othon, Ana Cristina da Silva Toniolo,
condenada a 14 anos e 10 meses de
prisão pelos mesmos crimes
do pai.
Sete ex-executivos
da Andrade Gutierrez foram beneficiados
com a redução de pena
por causa de acordos de delação
premiada: o ex-presidente Otávio
Marques de Azevedo e os ex-diretores
Rogério Nora de Sá,
Clóvis Renato Numa Peixoto
Primo, Olavinho Ferreira Mendes, Flávio
David Barra, Gustavo Ribeiro de Andrade
Botelho e Victor Sérgio Colavitti.
Dos 13 réus,
12 foram condenados ao regime fechado.
O único beneficiado com o regime
semiaberto foi o empresário
Geraldo Toledo Arruda Junior, condenado
a 4 anos e 8 meses.
Também foram
condenados os empresários Carlos
Alberto Montenegro Gallo, Josué
Augusto Nobre e o sócio da
Engevix José Antunes Sobrinho
— os advogados dele informaram
que irão recorrer da decisão.
O único absolvido
foi o ex-presidente da Engevix Cristiano
Kok. O responsável pela defesa
dele, Antonio Ruiz Filho, afirmou
estar satisfeito com a sentença,
a qual considerou justa. No entanto,
disse que não dá para
comemorar, “em razão
da pesada condenação
imposta a todos os demais acusados".
Com informações da Agência
Brasil.
Revista Consultor
Jurídico, 4 de agosto de 2016,
19h01