Menu
 
 
Apresentação
 
Áreas de atuação
 
Cartórios de SP
 
Consulta processos
 
Seus direitos
 
Legislação
 
Tabela de honorários
 
Contato
 
 
 certidões online
   
 
Antecedentes criminais
 
Consulta protestos
 
Consulta SCPC
 
Certidão da Divida Ativa da União
 
Certidão da Divida Ativa do Estado SP
 
Justiça Federal SP
 
Tributos Municipais SP
 
     
 

Autuações fiscais
Justiça Federal recebe denúncia contra executivos do Bradesco e advogados

28 de julho de 2016, 16h00

Por Pedro Canário

A Justiça Federal em Brasília aceitou denúncia contra o presidente do banco Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, e mais nove pessoas acusadas de envolvimento num esquema de compra de decisões favoráveis do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), do Ministério da Fazenda. A decisão, assinada nessa quarta-feira (27/7) pelo juiz federal Vallisney de Souza Oliveira, afirma que os acusados não demonstraram “qualquer elemento probatório cabal capaz de infirmar a acusação”.
Presidente do banco Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, e mais nove pessoas são acusadas de envolvimento num esquema de compra de decisões favoráveis do Carf.

Com a decisão, os denunciados agora passam à condição de réus numa ação penal que vai investigar o esquema de compra de decisões. Formalmente, são acusados de corrupção ativa e de corrupção passiva. O juiz deu 20 dias para que eles apresentem defesas preliminares.

Foram denunciados, além do presidente do Bradesco, o vice-presidente do banco, Domingos Figueiredo de Abreu; o diretor de relação com investidores, Luiz Carlos Angelotti; o ex-conselheiro do Carf Jorge Victor Rodrigues; os servidores da Receita Eduardo Cerqueira Leite e Lutero Fernandes do Nascimento; o ex-funcionário da Receita Jefferson Roberto Salazar; e os advogados Márgio Pognozzi Júnior e José Teruji Tamazato.

De acordo com denúncia, os executivos do Bradesco negociaram com um grupo que pagava propina a conselheiros e funcionários do Carf em troca de decisões favoráveis. Segundo a Procuradoria da República no Distrito Federal, foram negociadas decisões para anular uma autuação de R$ 3 bilhões, na qual o banco pedia, além de revisão tributária, compensação de crédito de PIS e Cofins.

Segundo o juiz Vallisney Oliveira, “está demonstrada até agora a plausibilidade das alegações contidas na denúncia em face da circunstanciada exposição dos fatos tidos por criminosos e as descrições das condutas”.

“Com provas indiciárias robustas para esse juízo inicial, o MPF descreve as condutas de per si da atuação dos agentes públicos participantes da corrupção passiva e suas tratativas, contratos e relacionamentos com outros denunciados e com a alta cúpula de executivos do banco Bradesco denunciados, conforme os detalhes descritos na peça ministerial para o fim de, ilicitamente, favorecer o referido banco perante o Carf, mediante solicitação e oferecimento de vantagens indevidas”, escreveu o magistrado.

O Bradesco nega as acusações. Em nota à imprensa, diz que “reitera sua convicção de que nenhuma ilegalidade foi praticada por seus representantes e, em respeito ao rito processual, apresentará oportunamente seus argumentos ao Poder Judiciário”.

Quando a denúncia foi oferecida, no fim de maio deste ano, o banco disse que perdeu as discussões a que a acusação se refere “em todas as instâncias da Justiça”.

Ação Penal 0037645-54.2015.4.01.3400

Pedro Canário é editor da revista Consultor Jurídico em Brasília.

Revista Consultor Jurídico, 28 de julho de 2016, 16h00

 

   

   
   
   
   
   
 
 Novidades
   
 
Artigos
 
 
 
 
 
 

     
   
 
 
 
 
 

copyright Irene Murai - 2005